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Bem-vindo!

Acompanhando os atuais desafios do século XXI, a bioinformática revela-se como uma das áreas com maior potencial como ferramenta de ensino e aprendizagem, interdisciplinar e integradora.


A bioinformática surgiu em resposta à necessidade de sistematizar de forma eficaz e expedita a enorme quantidade de dados obtidos experimentalmente, com o objetivo de testar hipóteses e permitir interpretações científicas que dificilmente seriam alcançáveis sem recursos computacionais [2;5]. Por estas razões, torna-se pertinente dotar os alunos do ensino básico (3º ciclo) e do ensino secundário das competências que lhes permitam tirar partido destas poderosas ferramentas.

Relativamente à realização de atividades de bioinformática na sala de aula, esta pode ser facilitada se existir um esforço no sentido de selecionar aplicações bioinformáticas e bases de dados, que possam ser convenientemente adaptadas com vista a permitir a implementação de atividades que estejam em concordância com os objetivos programáticos dos diferentes níveis de ensino e em conformidade com o tempo letivo disponível. No contexto internacional, são já múltiplas as iniciativas que tentam integrar a bioinformática nos curricula [1; 3; 6].

Foi da ambição de estender esta nova área de conhecimento ao ensino básico e secundário, de forma metódica e fundamentada, que surgiu o projeto de doutoramento “Integrating bioinformatics at the interdisciplinary intersection of elementary and secondary school curricula using a bottom-up approach”. Os principais objectivos deste projecto têm sido selecionar, adaptar, implementar e avaliar um conjunto de recursos bioinformáticos, tendo em conta a sua adequabilidade aos diferentes contextos curriculares do ensino básico e secundário. Para quer esta contribuição possa ser eficaz temos privilegiado medidas interventivas na formação e acompanhamento de professores, uma vez que estudos recentes apontam para um crescente envolvimento dos docentes na aplicação da bioinformática nas suas salas de aula. De facto, após uma primeira incursão na utilização de aplicações de bioinformática, sabe-se que os professores sentem-se mais motivados, confiantes e capazes de redesenhar os objetivos didático-pedagógicos a alcançar, incluindo a bioinformática  nas suas práticas lectivas [4].

Esta página surge como corolário deste esforço e tem por objetivo promover a utilização de recursos bioinformáticos de livre acesso e com interfaces intuitivas, convidando os professores a explorar práticas pedagógicas inovadoras e motivadoras em contextos de ensino formal e informal.

No final, esperamos contribuir para que a bioinformática passe a assumir protagonismo educativo, constituindo uma oportunidade de desenvolvimento da literacia científica e digital dos futuros participantes ativos na sociedade - os alunos.
 

Principais conteúdos do website:

 

  • Recursos de apoio ao uso de ferramentas bioinformáticas na sala de aula, propondo um portefólio de atividades enquadradas curricularmente, e guias detalhados para a sua implementação.

 

  • Materiais de apoio para professores, nomeadamente através de apresentações PowerPoint®, referências bibliográficas, esclarecimento de conceitos e informação relacionada com os conteúdos.

 

  • Cursos de Formação: divulgação de informações relativas às ações de formação de professores.

  • Fórum de partilha de experiências e comentários, que seja um canal de comunicação no sentido de privilegiar o trabalho colaborativo e permita um apoio constante aos professores.

 

[1]Amenkhienan, E., & Smith, E. (2006). A web-based genetic polymorphism learning approach for high school students and science teachers. Biochem Mol Biol Educ, 34(1):30-33. doi:10.1002/bmb.2006.49403401030

[2]Bloom, M. (2001). Biology in silico: The bioinformatics revolution. The American Biology Teacher, 63(6), 397-403. doi: 10.2307/4451145

[3]Boyle, J. (2004). Bioinformatics in undergraduate education: Practical examples. Biochem Mol Biol Educ, 32, 236-238. doi:10.1002/bmb.2004.494032040376

[4]Machluf, Y., Gelbart, H., Ben-Dor, S., & Yarden, A. (2016). Making authentic science accessible—the benefits and challenges of integrating bioinformatics into a high-school science curriculum. Briefings in Bioinformatics - Oxford Journals, doi: 10.1093/bib/bbv113

[5]Madigan M., M. J., Dunlap P., Clark D. (2010). Microbiologia de Brock (12nd ed.). Porto Alegre: artmed

[6]Maier, A. (2001). Building phylogenetic trees from DNA sequence data: Investigating polar bear & giant panda ancestry. The American Biology Teacher, 63: 643-646. doi:10.2307/4451210

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